terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Liberdade de expressão e de impresa


Olá a todos os que têm seguido o Centro Neutro e que agora estão a ver pela primeira vez...

Quis fazer um blog, interesso-me pela politica e tenho as minhas opiniões, assim como vocês.
Não tenho vindo ultimamente devido à parte profissional e ainda bem que sim, depois também vejo que apenas eu não sou suficiente para mudar o que quer que seja, neste barco político.
Perca de interesse... talvez...

Todos vocês sabem o que eu penso, que estamos todos à beira de uma crise enorme em Portugal... Digo até que se tem ingredientes para uma tomada de posição, apenas mais uma na história do nosso país. Vejo cada vez mais as opiniões... As ideias... E sei que algo poderá vir a acontecer se este declínio da nossa nação continuar a aumentar.
Digo que não será com este Governo e com o Primeiro-Ministro.

Vemos todos as decisões que se estão a tomar, obrigadas pela CE ou então iríamos começar a perder os apoios... Fácil ver o porquê das mudanças... Mas como sempre, a meio-gás...
Vamos agora criar mais uma Comissão, desta para traçar um plano de emergência para apresentar em Bruxelas a tentar mostrar o que vamos fazer para chegar aos 3% de défice em 2013, que nos obrigam... mais uma vez... Estamos agora com 9,3%, algo que surpreendeu o Governador do Banco de Portugal, muito bem, pode-se dizer que está a fazer um bom trabalho. O próprio que já disse que a única forma de poder atingir os 3% passa por aumento da carga fiscal, directos e indirectos. Se acham que agora já estamos em crise e que este ano é que vai ser mau... então esperem por 2011... e depois estamos cá em 2012, espero eu... Porque as contas do défice só serão feitas e serão sentidas a partir de 2013.
O Governo diz que este ano não aumenta...

Vimos todos as polémicas à volta da nossa figura de maior relevo há nossa nação, é escusado enumerar as mesmas, todos vocês sabem... E cá temos mais uma, que me fez escrever, e que aqui chegámos a falar, a liberdade de expressão e da imprensa. Temos agora o caso de um jornalista, que na minha opinião sempre foi um exemplar profissional, que nem serei eu a dizer o que se passou, o próprio que vos diga:

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O Fim da Linha

Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa."

http://www.institutosacarneiro.pt/?idc=509&idi=2500

Este artigo não chegou a ser publicado no JN, que referem o seguinte... Dizem que nada tem a ver pelo seu conteúdo, censura nem pensar nos tempos que correm, vivemos num estado democrata... lolololol... Que já não seria a primerira vez que o jornalista escrevia sobre o Primeiro e Às vezes até bem pior... lol... Amanhã já deve haver novidades em se saber o que é que se passou aqui... é muito estranho e sempre com o mesmo interveniente... é sem dúvida perseguição ao Governo do Sr. Eng. José Sócrates. O seu nome aparece em mais sítios do que Deus na bíblia, isto é ironia. E tudo aquilo que dizem que o nosso Primeiro está implicado, simplesmente desvanece... eheheheh... Se me perguntassem agora o que queria ser quando fosse grande, a minha resposta seria Primeiro-Ministro, deve ser bem divertido ter assim tanto poder em apenas um individuo... E com estes 2 mandatos, acho que todos nós ficamos com essa noção, sem dúvida que deve ser bem mais giro do que jogar o SimCity, eheheheh...

Sempre presente e aguardo os Vossos comentários,

O Centro Neutro

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